sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Libertação ou escravização?!




Não há como negar: a religião é uma coisa perigosa. Quem dera toda religião fosse como aquela descrita por Tiago: “A religião que Deus, o nosso Pai, aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo” (Tg 1.27). Mas a realidade está bem distante disso. Lamentável. A grande questão é que a religião deveria apontar para Deus, mostrando assim, o caminho da salvação, da cura das feridas, do consolo para o coração, contudo, em muitos casos, ela se coloca no lugar de Deus; dessa forma, não mostra ou ensina o caminho da salvação, mas quer ser a própria salvação, não aponta para Aquele que pode tratar das feridas da alma, mas quer ser a própria cura. Qual a consequência disso?! Em vez do ser humano se tornar livre pelo poder e graça de DEUS, acaba sendo escravizado por conta dos descaminhos da religião.  
 Os cultos chamados cultos de libertação são um claro exemplo disso. Você já reparou que tais cultos acontecem toda semana? Você sabia que geralmente são as mesmas pessoas que frequentam a esses cultos? Eu fico me perguntando: Ora, será que a libertação que provém de DEUS dura só uma semana? Por que as pessoas precisam ser libertas em toda semana? Será que é possível ter hora e dia marcados para a libertação? Será que a libertação acontece somente no espaço do templo? Entenda que esses chamados cultos de libertação são, na verdade, puro marketing com intuito de trazer as pessoas a igreja. Elas acabam por ficar escravas disso, tão dependentes como qualquer tipo de viciado. Ah religião, religião que endurece os corações, traz altivez a alma e aliena da realidade! Triste veredicto esse.
                JESUS foi extremamente rígido com os religiosos de sua época, afinal, eles estavam completamente cegos pelo tradicionalismo de sua religião. Tornaram-se, pela força da religião, escravos e escravizadores. O SENHOR disse: “os escribas e fariseus [...] atam fardos pesados e difíceis de carregar e os colocam sobre os ombros dos homens; mas eles mesmos nem com o dedo querem movê-los” (Mt 23. 2 e 4). É nisso que uma religião que não considera a vontade de DEUS se torna: um verdadeiro fardo, um peso, uma enganação, uma falsa promessa de vida, um blefe, uma alienação, enfim, escravização.
                Você consegue perceber que isso não tem nada a ver com JESUS? Como poderia o INVENTOR DA LIBERDADE escravizar as pessoas em regras, programas, supostos cultos de libertação, usos e costumes? Paulo disse: “para a liberdade que CRISTO nos libertou. Portanto, permanecei firmes e não vos sujeiteis novamente a um jugo de escravidão” (Gl 5.1).     
                Portanto, fique atento com as coisas que ouve por aí. Lembre ao seu coração que CRISTO nos vocacionou para a liberdade. Pra quem se rende a CRISTO e obedece aos seus mandamentos a liberdade se torna companheira de jornada. Isso é uma prerrogativa da obra de CRISTO na vida de uma pessoa, e não de programas de marqueteiros religiosos.
                Não fique, então, muito feliz consigo mesmo por ser religioso, pois isso pode não significar muita coisa, pelo menos não diante de DEUS. Vale dizer que o SENHOR não cabe dentro de nenhuma religião, mas por bondade, cabe dentro do coração. Encerro citando palavras de um pastor amigo meu: “Você hoje terá um dia inteiro para pensar e decidir sobre a sua liberdade. Liberdade de estar na presença de Deus, de dar prioridade à vida, vivenciar valores, praticar a misericórdia, amar o amor ou amar o amar. Ser livre para ser do Senhor, ser do Senhor para ser livre”. Pense nisso!                                   
                                                                                 Pr. Laurencie




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